Revista Pardo

Dia do Orgulho LGBTQIA+: Traumas que foram curados apenas com amor

Em comemoração ao dia do ‘Orgulho LGBTQIA+’, trazemos indicações de filmes e séries para ilustrar todo esse orgulho. Essa matéria também carrega um papel fundamental de instruir através do audiovisual as diferentes formas desse processo de amar.

Aqui procurei misturar histórias com muito drama, mas também as que contam sobre essas experiências de um modo mais light.

 

A Vida Depois (2021) / Amazon Prime Video (Premium)  e HBO Max

Estudantes norte-americanos sempre tiveram que lidar com atentados em escolas, algo bem característico nos Estados Unidos. Claro que essa não é uma boa referência pra se trazer, mas quando lembramos que amor cura traumas, talvez essa ambientação tenha mais sentido no contexto que a revista se propôs a divulgar.

Nesse filme, que é interpretado pela Wandinha – quer dizer, pela Jenna Ortega – lidamos com um atentado macabro que coloca duas personagens distintas mais próximas uma da outra.

A dor das perdas e esse processo de cura vai se misturando com as novas experiências da protagonista, principalmente amorosas, causando mais confusões dentro desse processo. A sexualidade aqui é um ponto.

Além do filme trazer uma juventude atualizada, ele dá espaço para retratar as pessoas invisíveis dessas tragédias, revelando realmente que apenas o amor pode superar barreiras.

 

The New Normal (2012)

Bryan e David é um casal de sucesso que planejam seus próximos passos: ser pais.

Em meio a agitação de seus empregos em Hollywood, ambos estão decididos em agregar a paternidade em suas vidas. Ao mesmo tempo, Goldie, uma garçonete que acaba de se mudar para Califórnia junto de sua filha, acabando conhecendo o casal na procura de uma vida melhor.

A forma para o casal Bryan e David ter um bebê é contratando uma barriga de aluguel. Essa ideia adquire forma quando Goldie vem com a proposta de ser essa pessoa.

Claro que deveria existir um problema numa história tão fácil como essa; a vó de Goldie que é homofóbica.

O foco dessa série é mostrar as possibilidades de estruturas familiares. Somos acostumados com o pai, mãe e filho, mas a verdade é que existem várias configurações de famílias por aí.

Apesar da série ter sido um grande sucesso, não a encontrei nos serviços de streamings que dão cobertura no Brasil, mas você consegue achar em sites de torrent. (Finge que não te dei essa dica).

https://youtu.be/uvLXCkNFiog

Close 2022 / Amazon Prime Video (Premium), MUBI e Apple TV

Leo e Remi são dois amigos de treze anos inseparáveis que acabam de cair na mesma classe. Infelizmente, uma tragédia os separa para sempre.

Por serem muito colados um com o outro, essa relação começa ser questionada pelos colegas de escola e isso gera conflitos; ambos gostam um do outro, mas existe um lado dessa história que começa a silenciar.

Esse silêncio a longo prazo vai se tornando uma ferramenta trágica que muda toda energia do filme.

Apesar de termos dois pré-adolescentes numa indicação LGBTQIA+, quero deixar claro que o filme é sútil. Sentimos que Leo e Remi poderiam ser um casal, mas o que transborda na história é essa grande amizade que parte o coração de ambos.

A tragédia é um spoiler, então o que posso te adiantar é que o filme passa de uma nuance inocente e infantil para uma marca sentimental, triste e eterna.

É um filme, mesmo eu não sendo especializado no ramo, sei que tende agradar os cinéfilos por ser poético.

A fotografia e a direção são impecáveis, já que nem sempre precisamos ouvir um diálogo pra mensagem chegar na gente. Talvez, pra quem curte filmes com mais ação, essa é uma opção mais lenta.

A ambientação se passa nos campos de flores da Bélgica, que particularmente é uma obra-prima a parte.

O filme concorreu ao Oscar desse ano como ‘Melhor Longa-Metragem Internacional’

Lau Cunha

Lau Cunha

Deixe um comentário

Assine para receber todas nossas novidades!