A questão racial, tema que é discutido no mundo todo, tem um forte impacto nos Estados Unidos, já que foi um dos países que tinham como política de Estado segregar os negros. Imagine então ser mulher e negra, tudo isso no início do século XX, onde o machismo era enraizado culturalmente na sociedade.
Madame C.J. Walker, a primeira negra nascida em liberdade de sua família, começou trabalhar aos dez anos como empregada doméstica, sendo órfã de pai e mãe desde os sete anos de idade.
Aos quatorze anos, Sarah, seu nome de batismo, casou-se para escapar dos abusos que sofria de seu cunhado, porém perdeu seu marido poucos anos depois, o que a levou a casar-se novamente com um vendedor de publicidade de jornais.
Devido a falta de condições e a exposição a produtos agressivos, ela sofreu de várias doenças do couro cabeludo, o que despertou sua vontade em aprender sobre cuidados com os cabelos, influenciada também pelos seus irmãos, que eram barbeiros.
Como cabeleireira, começou a desenvolver uma fórmula de creme para cabelos afros e, a partir daí, comercializá-los, vendendo de porta em porta e orientando mulheres em como cuidar da saúde capilar.
Ficou conhecida como Madame, termo usado para mulheres pioneiras da indústria de beleza francesa. Expandiu seus negócios, abrindo filiais de salões de cabeleireiros e escolas de beleza. Influenciou e preparou mulheres negras, que tinham a oportunidade de terem um produto apropriado e um espaço para garantir sua independência financeira.
A minissérie ‘A Vida e a História de Madame C. J. Walker’, disponibilizado pela Netflix e estrelado por Octavia Spencer, conta mais detalhes da vida dessa mulher incrível!