Revista Pardo

Você acredita em lobisomem?

Semana passada fui convidado para um café e depois participar da abertura de uma exposição do Artista Plástico Nicolau no Museu Histórico Simonense Alaur da Matta. Parece até que foi combinado, porque ao estacionar meu carro, um dos bandeirantes me disse:

– Olha quem acabou de chegar!

Olhei e comecei a cantar o nome dele, era o cabeça branca e sim, meu amigo, Sr. Sérgio Salvador.  Nos cumprimentamos e fomos pra porta do Museu. Nisso também chegou a Paula Furlan e Maiqui. Ali mesmo já comecei meu trabalho fotográfico. E não demorou, chegou o Sr. Pedro Luís Nicolau e uma parte da sua família.

Depois das apresentações formais e uma foto com artista plástico Nicolau e família, também fotografei todas suas obras. Logo, o Sr. Vitorio me levou para ver umas peças de origem russa doadas por ele ao Museu.

Depois de muitas resenhas sobre trabalho em madeira e o dom da transformação em peças magníficas, o papo virou para os ovnis e discos voadores e começou a criar um clima sobrenatural, até chegar na pergunta:

– Você acredita em lobisomem?

Foi quando uma senhora que ali estava presente começou a narrar uma história que aconteceu aqui em São Simão, na rua onde morava. Ela contou que ali vivia uma família com hábitos estranhos e muito numerosa e o sétimo filho era pagão e era só chegar as noites de lua cheia para ele sair pro mato e voltar transformado num animal horrível.

Quando os cachorros percebiam, começava uma bagunça, rolando um sobre o outro, brigando entre si e todos contra esse bicho manipulador.

Diziam que ele estava rondando a própria casa, para matar o próprio filho recém-nascido. A mãe da criança não conseguia dormir, preocupada. Resolveu ficar de campana para dar fim nessa história.  Pegou uma cartucheira e meteu uma carga bem grande e ficou à espreita e quando o dia começou a clarear, ela levou um susto pois viu o marido chegando e se desvirando, voltando a ser pessoa normal.

No meio daquele ritual, ele uivava um som triste de agonia, ela não pensou duas vezes e apertou o gatilho e ouviu um último gemido. Ela caiu desmaiada depois desse episódio e nunca mais foi a mesma. Ficou lelé da cabeça, andava falando sozinha, até que um dia a acharam morta dentro de um galinheiro.

Por Pofi

 

Qualquer semelhança com a vida real é pura coincidência.

Joao Pereira Vidal

Joao Pereira Vidal

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