Revista Pardo

Colônia do Sapo

Parece estranho, mas esse era o nome de uma colônia da seção Parazita. Ali, naquele local, ainda tinha outras colônias como Barra Funda, colônia da Serrinha, onde morei por muitos anos, e também tinha a colônia do Carrapato e muitas outras colônias espalhadas nas lavouras de cana.

Na colônia do Sapo morava o tio Juino, o Tião Felicio e o Sr. Benedito Bernardo, mais conhecido por Pinga Fogo. Na Barra Funda, morara a Vó Luíza Bena, uma benzedeira e parteira muito requisitada na região, eu mesmo vim ao mundo  com o auxílio dela .

Onde eu morava não tinha água encanada e nem banheiro e outras colônias nem energia elétrica tinha. As mulheres, no caso da minha mãe, e vizinhos, tinham que lavar roupa em batedores de madeira improvisados na beira do brejo.

Já onde as casas eram mais novas, foram construídas vascas comunitárias, com vários tanques e batedores, onde eram postas as conversas em dia. A minha tia Manoela, esposa do meu tio Ângelo Argeri, morava  na colônia Carrapato e também tinha outra vasca. E parece que alguma  coisa que acontecia naquela vasca não era normal.

Quem, por algum motivo, tivesse que ir buscar água ali se deparava  com várias lavadeiras vestidas de branco e cantando uma ladainha igual aquelas que se canta pras almas até nos dias de hoje, fazendo com que as pessoas saíssem correndo, esquecendo até o balde para trás…  Por Pofi.

 

QUALQUER SEMELHANÇA com a vida real é pura coincidência.

Joao Pereira Vidal

Joao Pereira Vidal

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