Um estudo realizado pela Universidade Federal Fluminense – UFF constatou que o impacto econômico da inatividade física de brasileiros, em diferentes regiões do País, representa gastos no SUS (Sistema Único da Saúde) de cerca de R$ 300 milhões ao ano apenas com internações, em valores de 2019.
“Esse custo seria evitável na medida em que você ampliasse o acesso da população a programas de promoção de atividade física”, disse Marco Antonio Vargas, subchefe do departamento de economia da UFF e coordenador da pesquisa.
Ele afirmou que esses programas devem ser direcionados a variados segmentos de diferentes faixas da população.
“Você tem carências muito claras em alguns setores, principalmente em populações mais vulneráveis”, ponderou.
O estudo objetiva contribuir para a formulação e implementação de políticas em saúde preventiva, assim como ao estímulo à prática de atividade física no País. O foco do trabalho se situou em pessoas com mais de 40 anos, em função do volume de dados existentes. Buscou-se correlacionar informações com os custos de tratamento no SUS, isto é, gasto de hospitalização. O levantamento envolveu equipe interdisciplinar de pesquisadores, coordenada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da UFF e foi realizado em 2019, antes da pandemia.
O coordenador informou que o nível de escolaridade e de renda está associado à prevalência maior de inatividade física. A partir de dados da vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico, do Ministério de Saúde, observou-se, por exemplo, que o sedentarismo é maior entre os indivíduos com sete anos ou menos de escolaridade (57,92%) em comparação com aqueles que têm 12 anos ou mais de escolaridade (41,18%). O nível de inatividade é maior entre mulheres do que entre homens e quanto menor for o nível de escolaridade, maior o nível de inatividade.
Adaptado do site Diário do Grande ABC
Imagem destacada: Canva