Revista Pardo

O homem que virava lobisomem

Boa noite, amigos e amigas do meu querido Brasil!

Hoje vou contar uma história que aconteceu com meu amigo Edson, que morava na fazenda Bonacin. Na época, a zona rural só tinha até o terceiro ano primário e quem quisesse continuar os estudos tinha que vir para a cidade e morar com algum parente e ir para a casa só às sextas-feiras à noite.

Ele usava o caminhão Chevrolet Brasil da família para o trajeto e, numa dessas voltas pra casa, todas as outras crianças que também estavam nessa viagem vinham sentadinhas, perto da cabina e o meu amigo, todo cheio de marra, sempre vinha em pé segurando na corrente que travava as laterais da carroceria.

Numa sexta-feira de lua cheia, ao se aproximar da igreja de Santo Antônio, quando o Edson olhou para o seu lado esquerdo, uma figura horrenda lhe fez ficar de cabelo arrepiado e calou a sua voz, pois ele acostumava vir cantarolando. O figura me disse que parecia o chupa-cabra dos anos noventa, a cabeça era de burro peludo e o corpo parecia de cachorro.

Foi o bastante para que ele se abaixasse mudo e branco de medo e só foi se levantar quando chegou na garagem da fazenda Bonacin. Mas hoje, quando se reúne com os amigos nos fins de tarde, comenta como era complicado estudar, mesmo ele sendo de família de posse e, depois dessa noite, ele nunca mais quis vir na carroceria do caminhão. E mesmo na cabina, ao se aproximar de onde viu o ser horrendo, se encolhia todo de medo.

Para ele, a coisa assombrosa devia ser algum filho que bateu em sua mãe e foi amaldiçoado e virado lobisomem.

Qualquer semelhança é pura coincidência.

Pofi

 

Imagem destacada: Canva

Lilian Queiroz

Lilian Queiroz

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